
Comercialização recorde e geração de renda para a região

Segundo Adriano Leitão, Coordenador Executivo da Cáritas Diocesana de Crateús, “a edição deste ano superou as expectativas e as edições anteriores”. Segundo ele, em diálogos com os feirantes, ainda durante o evento, foi possível notar a satisfação de cada um com as vendas. No segundo dia de feira já se podia identificar barracas que já haviam vendido toda a sua produção.
“Eu precisei pedir para enviarem mais carne para fazer espetinhos, porque as que trouxeram para as duas noites acabaram quase todos na primeira”, comemora Keila Barbosa, militante do MST e membro da Cooperativa dos/as Assentados/as de Reforma Agrária do Sertão dos Inhamuns-Crateús, que gerencia uma agroindústria de produção de ovinos e caprinos. Segundo ela, a nova leva de carne acabou cedo também, assim como outras comidas que a organização ofertou na Cozinha do Sertão.
“Para nós tem uma grande importância, porque nós temos nossos quintais produtivos, o meio de comercialização é a feira. E nós sem a feira eu não sei como seria a nossa vida pra gente comercializar. Graças a Deus que aqui a gente vende diretamente pro consumidor, não precisa a gente passar por atravessador. A gente vende por um preço justo e o pessoal já entende “, afirma Dona Antonieta Araújo, de 55 anos, uma das mais antigas feirantes e participante da Feira de Crateús. Segundo ela, o evento gera expectativa e preparo durante o ano todo, logo após o término de cada edição já começam os preparativos para a próxima.

Antonieta Araújo - Feirante
Além de fazer a alegria dos feirantes, a Feira também gera um bom impacto em toda economia local. O setor hoteleiro de Crateús ficou com sua capacidade de ocupação totalmente preenchida, recebendo as caravanas que se hospedaram na cidade para participar da feira, valorizando a economia solidária e a agricultura familiar. Consequentemente, bares, restaurantes e vários serviços da cidade e da região tiveram aumento de demanda. “Só ontem (02/06, segundo dia de comercialização), eu devo ter rodado em Crateús uns 320 km, e só parei quando eu não tinha mais forças”, surpreendeu-se o mototaxista Roberio Sousa.
A organização do evento estima que o impacto da geração de renda no município, em dias de Feira, ultrapassa os R$500 mil.

Fotos: Monaiane Sá e Rodolfo Santana