
A História do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora remonta o ano de 1886, na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores/as foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos/as trabalhadores/as.
No dia 1º de maio de 2024, no município de Crateús, centenas de trabalhadores/as se encontraram para fazer memória, refletir, reivindicar e continuar garantindo os direitos já conquistados. Articulado e mobilizado pelo Fórum dos Movimentos Sociais de Crateús, constituído por diversas organizações, movimentos, instituições e associações, o qual a Cáritas Diocesana de Crateús é integrante. O dia iniciou com a Celebração Eucarística rezando o trabalho como direito e sua importância para uma vida digna e justiça social. Iluminados pelo texto do Evangelho de João “Eu Sou a videira, vocês são os ramos e meu Pai é o Agricultor” (conf. Jo 15,1-8) os trabalhadores/as das mais diversas categorias, trouxeram os frutos de seus trabalhos para apresentarem diante do Altar do Senhor.
Em seguida encaminhou-se para a Comunidade de Curralinho, no interior de Crateús, para um momento de formação, de apresentação de pautas de lutas e de solidariedade com as mais de 70 famílias, articuladas pelo Movimento dos Sem Terra, MST, que estão ocupando a área para apressar as autoridades públicas (municipais, estaduais e federais) acerca das decisões sobre a situação das famílias atingidas diretamente pela construção do Lago de Fronteiras, que até o momento estão sem saber o que fazer e para onde ir, passando pelo sofrimento do adoecimento e das incertezas, devido falta de diálogo, de informações consistentes e do descaso pela população.
A noite aconteceu no Anfiteatro da Praça da Matriz, em Crateús uma Aula Pública: Crateús, Terra de Lutas!
Com apresentações culturais e falas das representações das Instituições de Ensino Superior que estão em greve, reivindicando respeito a carreira e salários dignos. Foi elaborada uma carta composta coletivamente com as pautas setoriais e as lutas cotidianas dos de trabalhadores e trabalhadoras, a ser apresentada as autoridades responsáveis.