
Eu sou Juraci Araujo, nascido na comunidade de Patos, no interior da cidade de Nova Russas- CE. E através desta escrita vou repassar para vocês a história da minha vida.
Pai e Mãe casaram tiveram cinco filhos, deles 3 mulheres e 2 dois homens. Mas para essa história começar eu vou falar do sofrimento que tivemos que passar.
Não lembro o certo a idade que tinha, mais lembro da alegria de todo dia ver Paim e Mainha chegando da roça com aquela sintonia. Mas um certo dia a alegria acabou, vi rosto de Paim ensanguentado e ele chorando de dor, foi de uma cerca, o arame quebrou e no olho de Paim acertou.
Daí então, o negócio começou, as dificuldades surgindo, e a Mainha não conseguindo dá o sustento para os meninos. A notícia piorou quando um dia, a irmã mais velha engravidou, e logo, veio a notícia que meu pai perdeu a vista trabalhando por comida nas terras de quem não os deu valor.
Com o Pai desenganado Mainha virou Pai e a roça ela não faltava, era filha, era mãe, era eu ali do lado correndo atrás da boa vida nesse tempo de carrasco. A fome então chegou e as dificuldades não parou, não contava a noite que ia dormir chorando, pois era uma criança, e meus pais tiravam comida das suas bocas para me verem alimentado.
Mas os amigos se chegaram, e com as ajudas que davam, a vida começou a andar e as coisas se acertar. Com muita luta conseguiram Painho encostar, para receber meio salário que veio nos ajudar, mas mesmo assim da roça não saímos de lá. E foi no dia que ele chegou da capital, desenganado total que a primeira sobrinha veio lembrar que era hora de ir para o hospital.
O tempo passou, Painho se acostumou e para cidade a família mudou. Eu era o menino, mais já sabia o que queria sendo os estudos minha alegria, passei estudar em tempo integral e foi na EEPMAE que o sonho começou a revelar. Sai de lá como Técnico de Computadores, que nem computador eu tinha, mais tinha minha alegria de ser o formado da família, ao qual eu já sabia que no canto eu já estava, por que um irmão mais novo, chegava.
E no processo seletivo passei, foi a minha alegria de ver um filho de pobre entrando numa universidade com dificuldade, IFCE me acolheu, e acabou que em Crateús eu vim morar, uma república foi montada e por responsabilidade eu como líder tenho paira.
E o curso começou, a primeira matéria reprovei, mas não desiste e lutei, pois não é que por ela eu passei, e cheguei longe, longe até demais, ao ponto de estagiar, voluntariamente com sempre com minha fé na frente de algo a conquistar.
No primeiro dia no estágio eu estava, e como boas vindas eu fui parar ficar no bazar, a Cáritas me acolheu, não tenho a palavra correta para aquele momento me adaptar, mas eu já sabia que ali está minha alegria do conquistar a conquistar.
No bazar já estava chato, mas Deus mandou uma mulher do meu agrado para assim me supervisionar. De início foi estranho, mas eu fui me aperfeiçoando no ambiente a trabalhar, e minha dúvida era, para onde vão me jogar?
Fatinha, mulher engraçadinha que junto ao Adriano vinheram a sentar e discutir para onde eu iria me realizar, estava eu ali no bazar quando a dona da alegria chegava para trabalhar, e um convite não hesitei a aceitar, e com os pescadores comecei a trabalhar.
E como num barril fomos a Tamboril para um vídeo gravar, e por que não observar? Ver aquela luta, aquela lida, aquela ajuda que a Cáritas vinha a batalhar para as melhorias levar para os pescadores poderem pescar.
E conheci foi muita gente, bonita é Anita é Lorenza que da Itália veio para cá, mas não deixo de falar que se tiver uma cantora para agradar é Fatinha com quem vou andar.
E por que não agradecer, e logico sem esquecer que a Deus em primeiro lugar, e então eu vou levar e continuar a aprender a conviver no meu estado do Ceará, venho aqui a estender que não deixem de vencer e nem deixem de lutar.
Hoje está tudo bem, e não desisto dos meus bens que é para mim conseguir um lugar para mim para poder trabalhar e para minha vida eu tocar. Aqui fica minha deixa mais tenha a certeza que um dia vamos nos encontrar.
Por: Juraci Araujo, estagiário da Cáritas de Crateús e estudante do IFCE – Sede Crateús