
Por Nelzilane Oliveira – Assessora Estadual – AP1MC/FCVSA
Na manhã desta quinta-feira (06), a Cáritas Diocesana de Crateús realizou uma oficina sobre Metodologia Participativa, como parte das atividades comemorativas pelos seus 20 anos de atuação no território.
O momento reuniu equipe técnica, representantes da Cáritas Regional Ceará e parceiros locais, com o objetivo de refletir sobre práticas e ferramentas utilizadas no acompanhamento às famílias, a partir de uma abordagem sensível, ética e transformadora.
Durante o encontro, Paulo César, da Cáritas Regional, fez um resgate da atividade realizada em Tianguá, onde a equipe visitou a propriedade do agricultor Chico Antônio.
“Na propriedade do Chico Antônio, foi uma verdadeira imersão nas práticas agroecológicas que nos norteiam em nossas ações. Lá iniciamos em grupos a atualização de uma ferramenta essencial, que é o diagnóstico participativo. Hoje vamos ver o que os grupos fizeram, com o intuito de aperfeiçoar, adaptar para diversas situações”, afirmou.
Em seguida, os grupos apresentaram o instrumental coletivo do Diagnóstico Participativo,para acompanhamento das ações das Cáritas Diocesanas aos grupos e redes acompanhadas, uma ferramenta metodológica para o fortalecimento do desenvolvimento dos projetos construídos pela Cáritas no Ceará, sistematizado em quatro dimensões: Catadores/as de resíduos sólidos; Casas de Sementes; Grupos e Empreendimentos; e Unidades Produtivas. A ferramenta foi discutida como uma estratégia de análise e escuta da realidade das famílias acompanhadas.
Maria Glória Carvalho, secretária regional da Cáritas Brasileira Regional Ceará, explica que essa oficina é uma continuidade a um momento prévio, que aconteceu em Viçosa do Ceará, e teve com a temática de assessoramento técnico rural e urbano, focado em economia popular solidária, na agricultura familiar e na agroecologia. “Na oficina de hoje, vários técnicos e técnicas da rede cáritas no cea´ra, puderam dialogar sobre os instrumentais de assessoramento, além de dialogar sobre conceitos importantes para a Rede Cáritas, como sobre agricultura camponesa, redes de catadores/as, formadores entre outros”, disse Maria Glória.
A atividade também contou com uma dinâmica simbólica, onde os participantes escolheram palavras que representassem o momento vivido. Termos como partilha, coragem, afeto e união apareceram com frequência, traduzindo o espírito coletivo e comprometido da ação.
Foto: Oficina Cáritas Ceará